Dendera, versao grega de Tentirys, é uma cidade que se tornou sagtada grasas aos’ seus trés cantufiios: o santufrio de Ihy, o jovem filho de Horos torador de sistro, o santuério de Horoc e o santuhio de Hilthor. 0s dois primeiros hoje ja quase nao existem, restando do santuario de Ihy apenas uma poita monumental. O terceiro chegou até n6s com o templo praticamente intacto, e com muitas outras ruinas que nos perini- tern reconstruir a disposi9ao do lugar sagrado ta1 como era no seu conjunto. Foi dedicado d deusa H6thor, cujo nome (literalmente Hat-Hor) significa “morada de Horos”, muitas vezes representada com o aspecto de uma vaca sagrada on de uma figura de mulher com a cabe9a encimada por cliifres. Construfdo em granito, como grande pane dos templos edi- ficados na dinastia ptolemaica, aqui- Io que hoje podemos admirar n3o é mais que a reconstru93o de um tem- plo preexistente, muito mais antigo, que remontava provavelmente a Quéops e a Pepi I. O templo é com posto por uma espléndida sala hipostila que da para a prasa, de 25 por 42,50 metros e altura igual a 18 metros, com vinte e quatro colunas hatoricas - de capitel ciibico decorado com o rosto da deusa. No seu interior havia um pequeno templo chamado “capela da Santidade”, o lugar mais escondido e secreto de todo o santu6tio. Aqui eram ce1ebra- dos os mistérios do nascimento da ordem cosmica a partir do caos pri- mordial. Mas Hfithor, para além de deusa cosmica, era considerada deusa protectora da dan9a e da m6si- ca. h assim que todos os Unos em Dendera, no vigésimo dia do més em que tinha lugar a inundaqiio, se celebrava festa popular “da embriaguez”.